Long-Term Outcomes of Gastric Endoscopic Submucosal Dissection: Focus on Metachronous and Non-Curative Resection Management

GE Port J Gastroenterol. 2017 Jan;24(1):31-39. doi: 10.1159/000450874. Epub 2016 Nov 30.

Abstract

Introduction: Endoscopic submucosal dissection (ESD) is an effective treatment for gastric superficial neoplasms and curative in 80-85% of the patients. The aims of this study were to identify risk factors for non-curative resection and metachronous development, and to evaluate patient management and outcome after non-curative resection.

Methods: In this single-centre study, the outcome of consecutive patients submitted to gastric ESD was assessed during a minimum follow-up of 18 months. Univariate analysis and multivariate logistic regression were performed to identify risk factors.

Results: ESD was performed in 194 lesions (164 patients) between 2005 and 2014. The median follow-up was 40 months. En bloc and complete resection rates were 95.3 and 93.8%, respectively. Male sex, larger tumor size, longer procedural time, and more advanced histology were associated with a non-curative resection (p < 0.05), but only carcinoma detected in biopsies before resection was identified as a significant risk factor on multivariate analysis. Metachronous lesions occurred in 18.4%, and the incidence rate was 4.7 lesions/100 person-years. Older age at diagnosis was identified as the only predictor of metachronous development in logistic regression. In the non-curative resection group, survival did not differ between patients allocated to surveillance and those submitted to gastrectomy; 75% of gastrectomy specimens showed no residual lesion.

Conclusions: The risk factors identified for non-curative resection help to improve patient selection and patient information. Older patients had an increased risk for the development of metachronous lesions. In patients with non-curative resections, individualized patient management and surveillance seems to be an adequate option in selected cases.

Introdução: A disseção endoscópica da submucosa (ESD) é um tratamento eficaz nas neoplasias gástricas precoces, sendo curativa em 80-85%. Os objetivos deste estudo foram identificar fatores de risco para resseção não curativa e para o desenvolvimento de lesões metácronas, bem como avaliar a abordagem e os resultados após resseção não curativa.

Métodos: Estudo de coorte, unicêntrico, incluindo doentes consecutivos submetidos a ESD gástrica com tempo mínimo de follow-up de 18 meses. Análise univariada e multivariada utilizadas na identificação de fatores de risco.

Resultados: Entre 2005 e 2014, 194 lesões (164 doentes) foram submetidas a ESD (tempo mediano de follow-up 40 meses). Resseções em bloco e completa: 95.3 e 93.8%. Sexo masculino, lesão maior, procedimento demorado e histologia mais avançada associaram-se a resseção não curativa (p < 0.05); na análise multivariada, adenocarcinoma nas biopsias foi identificado como fator preditor. Ocorreram lesões metácronas em 18.4% (taxa de incidência 4.7/100 pessoas-ano), sendo a idade mais avançada fator de risco independente para lesões metácronas. Nos casos de resseção não curativa, a sobrevivência foi semelhante nos doentes alocados para vigilância e nos submetidos a gastrectomia; em 75% não havia doença residual na peça cirúrgica.

Conclusões: Os fatores de risco identificados são úteis na seleção apropriada dos doentes e na transmissão da informação. A incidência de lesões metácronas é significativa, estando os doentes mais velhos em maior risco. Após resseção não curativa a decisão deve ser individualizada, sendo a vigilância apropriada em casos selecionados.

Keywords: Gastric mucosa; Gastrointestinal endoscopy; Risk factors; Stomach neoplasms; Treatment outcome.